Contaminação de alimentos

A contaminação de alimentos pode ocorrer através da presença não intencional de qualquer material ou substância estranha nos alimentos, seja de origem química, física ou biológica, que faça com que o alimento se torne impróprio para o consumo. Pode ainda haver a contaminação cruzada, na qual ocorre transferência de microrganismos de alimentos contaminados, que são geralmente os que ainda não foram preparados, para os alimentos que já estão preparados, fato que pode ocorrer pelo contato direto ou através de utensílios, mãos, vestuário, dentre outros.
De acordo com pesquisa recente, superfícies contaminadas com microrgansimos podem causar contaminação cruzada durante o processamento e preparação. Deste modo, manter as superfícies devidamente higienizadas diminui o risco de contaminação cruzada. De acordo com o estudo, durante a última década, foram introduzidos produtos antimicrobianos no mercado, assim como tábuas de corte, facas, bancadas e demais utensílios. Estes produtos podem reduzir o risco de contaminação, mas ainda precisam ser mais estudados, além de ser necessária a manutenção das boas práticas e higiene no preparo e manipulação de alimentos, para garantir a qualidade final do produto.
Os agravos á saúde causados por contaminação de alimentos podem ser muito graves, assim como evidencia estudo recente, que avaliou um surto de contaminação por salmonelas. De acordo com o estudo, dentre a popualção contaminada, 166 pessoas foram hospitalizadas e 9 morreram. De acordo com o estudo, tal surto ocorreu devido principalmente ao consumo de manteiga de amendoim, a qual foi identificada e a marca retirada do mercado.
Os dados dos estudos demonstram os cuidados necessários e os riscos envolvidos com a contaminação de alimentos, a qual pode gerar agravos á saúde. Deste modo, o melhor controle ocorre na conservação, preparo, transporte e armazenamento de alimentos, garantindo qualidade nestas etapas e assim o produto final confiável e seguro para o consumo.
Fontes:
Moretro T; Langsrud S. Effects of materials containing antimicrobial compounds on food hygiene. J Food Prot; 74(7): 1200-11, 2011 Jul.
Cavallaro E; Date K; Medus C; Meyer S; et al. Salmonella typhimurium infections associated with peanut products. N Engl J Med; 365(7): 601-10, 2011 Aug

Televisão e consumo alimentar


A televisão constitui atualmente um dos maiores veículos de comunicação, sendo um dos meios mais utilizados para se obter informações. As propagandas geram um mercado muito lucrativo através deste meio, divulgando produtos e serviços das mais variadas formas.
Pesquisa recente retrata o fato de que a exposição à promoção de alimentos influencia as preferências alimentares e consumo alimentar. De acordo com o estudo, os anúncios de alimentos tendem a promover alimentos considerados pouco saudáveis, contribuindo inclusive para o aumento da obesidade.
Outra pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de comparar a publicidade de alimentos transmitidos pela televisão para crianças, de vários países. De acordo com os resultados alimentos calóricos e pouco nutritivos constituíram a maioria dos objetos de propaganda, sendo mais elevado no período de maior audiência infantil. Estas propagandas também foram consideradas persuasivas para o público infantil.
Devido a relação existente entre a publicidade de alimentos e consumo, assim como o desenvolvimento de preferências alimentares, deve haver maior regulação em relação a orientação nutricional, uma vez que há livre acesso à informação, cabendo aos pais a oferta de uma alimentação adequada.
Fontes:
Adams J; Tyrrell R; White M. Do television food advertisements portray advertised foods in a 'healthy' food context? Br J Nutr; 105(6): 810-5, 2011 Mar.
Kelly B; Halford JC; Boyland EJ; et al. Television food advertising to children: a global perspective. Am J Public Health; 100(9): 1730-6, 2010 Sep.

Diabetes gestacional


A diabetes na gravidez está associada a riscos para a mãe e para o bebê em desenvolvimento. Deste modo os cuidados devem ser tomados logo que feito o diagnóstico, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
De acordo com estudo recente, o tratamento usual de mulheres grávidas com diabetes, seja gestacional ou pré-gestacional envolve a dificuldade em mudar a sensibilidade à insulina durante a gestação e a importância do controle glicêmico, o qual se assemelha para gestantes saudáveis. O estudo ainda aborda a importância da colaboração das mães durante a gestação e tratamento para resultados satisfatórios.
Em outra pesquisa, é abordado o fato de que a presença da diabetes nesta fase está relacionada a abortos espontâneos, pré-eclâmpsia, dentre outras complicações. Deste modo, a necessidade de insulina aumenta a cada trimestre de gravidez das mulheres com diabetes. Ainda de acordo com o estudo, a terapia nutricional é parte fundamental do tratamento da diabetes gestacional associado com o uso controlado de insulina.
Deste modo, durante o pré-natal e toda a gestação, os níveis glicêmicos devem ser controlados em gestantes saudáveis e no caso das que já apresentam diabetes tipo 1 ou 2 antes de engravidar, os cuidados devem ser intensificados durante toda a gestação.
Fontes:
Balaji V; Seshiah V. Management of diabetes in pregnancy. J Assoc Physicians India; 59 Suppl: 33-6, 2011 Apr.
Corcoy R; Maria MA. Diabetes and pregnancy. Health education]. Rev Enferm; 34(5): 48-53, 2011 May.

Cuidados no Diabetes tipo 2


 
A diabetes tipo 2 atinge milhares de pessoas em todo o mundo e é caracterizada pela produção insuficiente de insulina pelo organismo e/ou a incapacidade de utilizá-la de forma adequada. Deste modo, seu tratamento merece atenção, para garantir á saúde dos diabéticos, incluindo o cuidado com a alimentação, associado com medicamentos e insulina quando necessário.

Em relação á alimentação, os carboidratos simples, assim como os açúcares devem ser devidamente controlados, sendo a substituição de açúcar refinado por adoçantes uma medida indicada. Neste sentido, foi realizado estudo com o objetivo de analisar o consumo de adoçantes e produtos dietéticos por indivíduos com diabetes tipo 2, atendidos pelo Sistema único de Saúde. De acordo com os resultados, o uso de adoçantes é frequente na população em estudo, com predomínio do tipo líquido, e o uso de produtos dietéticos é menor, com predomínio dos refrigerantes.

Outra pesquisa foi realizada, com o objetivo de identificar hábitos e práticas alimentares inadequados apresentados por diebéticos e hipertensos usuários da Estratégia Saúde da Família. De acordo com os resultados, dentre os hipertensos e diabéticos havia indivíduos que apresentaram pequeno fracionamento das refeições, elevado consumo de açúcar, sal, óleo e banha de porco.

De acordo com os resultados dos estudos, devem ser desenvolvidas estratégias para incentivar mudanças nos hábitos alimentares, além da necessidade da inclusão de informações sobre os produtos disponíveis, incentivando a leitura de rótulos para a escolha de produtos alimentares que auxiliem na prevenção e controle das complicações relacionadas á saúde.

Fontes:OLIVEIRA, Paula Barbosa de and  FRANCO, Laércio Joel. Consumo de adoçantes e produtos dietéticos por indivíduos com diabetes melito tipo 2, atendidos pelo Sistema Único de Saúde em Ribeirão Preto, SP. Arq Bras Endocrinol Metab. 2010, vol.54, n.5, pp. 455-462.
COTTA, Rosângela Minardi Mitre et al. Hábitos e práticas alimentares de hipertensos e diabéticos: repensando o cuidado a partir da atenção primária. Rev. Nutr. 2009, vol.22, n.6, pp. 823-835.